Governança da Comunicação – Cinco dicas para implantação

Há seis meses escrevi artigo aqui (clique e leia) sobre o método que criei para garantir a gestão transparente e sustentável de empresas, órgãos públicos, personalidades públicas, políticos e todos os segmentos, a Governança da Comunicação, a qual chamo de GovCom. Com a crise da pandemia da Covid-19 mais do que nunca as organizações precisam da sua GovCom específica, adequada aos seus processos.

Sim, não existe uma “camisa” única para todos usarem, e a partir daí tudo se resolver na comunicação. É preciso foco, atenção, envolvimento, desenvolvimento das suas regras específicas, e mais que isso, acompanhamento permanente na execução da sua política de comunicação. Para dar uma ideia do que seja a Governança da Comunicação que defendo, seguem algumas dicas:

  1. Definir a gestão da comunicação como estratégica
    Se a comunicação não for a prioridade da gestão, não existirá Governança da Comunicação que dê resultado. Comunicação não é apêndice de nada como vários gestores imaginam e praticam. Foco somente no produto, no processo, nas vendas sem comunicação que funcione de forma harmoniosa, transversal e objetiva, não é o caminho ideal.
  2. Liderança genuína e participativa
    Outro passo importante, a definição da pessoa que vai liderar o processo da Governança da Comunicação, seja para gerir uma assessoria interna ou consultoria externa. O perfil precisa ser agregador, que goste de envolver as pessoas nas soluções, motivador, e claro, compreenda e goste dos processos de comunicação. Esta definição é fundamental.
  3. Da Portaria ao topo
    A cultura da empresa, organização, liderança e outros já se vê da portaria, a primeira “olhada”. Portanto, se há disposição de implantar uma política de GovCom, há que se envolva a todos no processo. Por isso, da Portaria ao Topo, pois todos devem compreender o que vai acontecer, como, aonde, quando e porque. Se um elo for esquecido, a engrenagem comunicacional vai emperrar em algum ponto. Participação, total e irrestrita, do começo ao fim, sempre.
  4. Treinamento
    Nos tempos modernos e totalmente interligados em que vivemos online com a vida correndo na palma das mãos em celulares e seus apps, nem seria preciso dizer que investir em treinamento, desenvolvimento e capacitação de pessoas é regra básica para a vida longa de qualquer negócio. Há que se nivelar o “time” todo, da Portaria ao Topo, para a compreensão da profundidade da comunicação em nossas vidas, e claro, na organização onde trabalham. Sensibilizar o “time”, certo?
  5. Tomografia Total
    Como quando vamos a um médico para saber o que temos com as nossas dores, de onde elas vem, assim precisamos fazer também com as organizações. Talvez um dos passos mais importantes para se implementar a GovCom na organização seja o que chamo de “Tomografia Total”. Um diagnóstico profundo da operação, novamente, mas agora inversamente, do Topo à Portaria. Identificar o “sentimento” das pessoas, os processos de comunicação em todos os departamentos, setores. Verificar o “nível” ou falta de, comunicação. Daí sairão os passos para que a Governança da Comunicação vá para o papel, e depois, para a sua execução.

Estas são algumas dicas que deixo a quem deseja ter a maior taxa de sucesso possível em seus empreendimentos, atividades, empresas ou organizações. A Governança da Comunicação que criei visa não resolver todos os problemas, mas reduzir drasticamente os ruídos que produzem problemas e doenças que inviabilizam muitas vezes negócios prósperos.

A Salvador Neto Comunicação oferece com exclusividade o método “Governança da Comunicação” seja como assessoria (implantação executiva) ou consultoria com acompanhamento do início ao final do processo com a entrega do “software” exclusivo ao contratante. Lembre-se, os tempos pós-pandemia serão duros, é preciso ser ainda mais competente, organizado e objetivo para sobreviver e continuar a liderar.

* Salvador Neto é um médico da comunicação experiente. Já tratou muitas doenças em empresas, organizações, lideranças públicas, órgãos de estado. Quem seguiu as bulas, melhorou, quem não seguiu as recomendações segue com reações colaterais.

Gestão de Crises não é para amadores

Coronavírus. Covid-19. Pandemia. Isolamento Social. Mortes aos milhares. Paralisia econômica. Renda zero. Emprego zero. Gripezinha. Fique em casa. Dissonâncias. Overdose de informação. Tudo o que você vivia acaba de mudar, assim, como se seus dedos apertassem o controle remoto e o canal mudasse, sem volta para o anterior. Assim é agora no mundo. Todo mundo acossado, perdido, e sem poder parar.

Já fui gestor de muitas crises de imagem, seja na área pública ou privada. Ao longo de mais de 25 anos na área da comunicação, o que sempre ouvi e vi acontecer em momentos de crise foi “precisamos reduzir custos”. Qual o primeiro corte? Comunicação, marketing. Toda reação ao que acontecia começava por cortar o que jamais deveria ser cortado que são os investimentos em comunicação. Na crise se deve investir mais no guarda-chuva da comunicação, nunca menos.

A cada corte que vi, e também fui cortado muitas vezes, após a crise o custo para o “retorno à normalidade” sempre foi muitas vezes mais alto que a manutenção custaria. É simples de entender. Como diz o personagem de um filme infantil, continue a nadar. A onda poder ser gigante. Continue a nadar e ainda mais forte para superá-la. Ao escolher a paralisia, a força desta onda te jogará para a praia, ou as pedras. Você terá, se tiver resistido, que voltar a nadar desde a orla até chegar novamente no lugar onde havia conquistado.

Afora isso, não cortar investimentos em comunicação, ainda mais na era ultra-digital em que vivemos, há que se ter gestores testados e preparados para crises. A experiência dá segurança e muita antevisão do que fazer, como fazer, aonde e quando agir. Não que o experiente tenha a bola de cristal e, ao tocar lá vem o futuro, nada disso. Um profissional de comunicação experiente e vivido em vitórias, derrotas, erros e acertos, meio que tem um “check-list” que o permite prever com muito mais acerto os passos a tomar para se garantir que uma imagem, uma marca, e com eles os negócios e lucros, sejam perdidos.

Gestão de crises não é para amadores. Quem tem a comunicação como setor essencial arranca sempre na frente. Se possuir um sistema de para todos os tipos de negócios e pessoas públicas, segura a crise com mais força e organização. Agora foi o Coronavírus que derrubou grandes corporações, bolsas de valores, governos, sistemas de saúde e muito mais. Amanhã certamente será outra “novidade” a testar nossas capacidades humanas de viver em sociedade, em solidariedade, e de forma a que não destruamos a nossa casa Terra.

Neste momento em que poucos sabem o que fazer e se desesperam com a tomada de decisões de governadores e prefeitos sobre como e quando retomar negócios – acredite, eles também não sabem como mas tem de fazer algo! – e a vida normal, acredite, invista em comunicação de forma estratégica. Não é só gastar em impulsionamentos, likes, visibilidades fúteis. É garantir um método de ação e reação às crises de forma profissional, segura, experiente e sustentável. Não se iluda, o mundo pós-coronavírus será completamente diferente nas relações econômicas, pessoais. A única coisa que não muda nunca: a comunicação. Pense nisso, crie a sua Governança da Comunicação e seja eficiente diante de qualquer crise.

* Por Salvador Neto, jornalista, consultor e criador do método Governança da Comunicação.

Crises: Como evitar danos com plano preventivo

SalvadorNetoComunicação-crise_encruzilhada-criseimagem-imprensa-gestão-estratégia-plano-300x225 Crises: Como evitar danos com plano preventivo
Antecipar e planejar, eis o caminho para a gestão de crises de imagem

Todas as empresas, organizações políticas, sociais, governamentais, personalidades de todos os segmentos, sejam políticos, atores, atletas, artistas plásticos, e até você mesmo, sim, você que mantém seus perfis em mídias e redes sociais, podem enfrentar problemas com a imagem, pessoal ou empresarial.

Negar isso é o primeiro passo para um retumbante fracasso, com danos enormes (às vezes irrecuperáveis) para seus negócios. projetos, vida pessoal. Lidar com crises faz parte do ofício de quem atua na área de assessoria de imprensa e comunicação em geral. Não raro há problemas ambientais com a operação de uma empresa, denúncias de desvios e más condutas por parte de agentes políticos, uma foto mal utilizada, ou declarações infelizes dadas à jornalistas, revistas, jornais, ou até publicadas em perfis empresariais e pessoais.

Claro, há como evitar tais erros, economizando alguns milhares de reais, dólares ou euros com atitudes preventivas que pelo menos minimizem as oportunidades de erros, e de crises com a imagem. Veja algumas atitudes que são essenciais e práticas que temos na agência:

1) Construção de um plano preventivo: realize um diagnóstico profundo com mapeamentos dos principais pontos negativos da sua empresa, seus diretores, as práticas corporativas, o sistema produtivo, tudo! Seja altamente transparente com você mesmo e seus negócios.

2) Definir planos de ação aos riscos: com base neste mapeamento anterior, coloque suas energias para escrever sobre cada um dos erros e problemas, especificando o porque existem, quais as causas, o que se está fazendo para melhorar, etc. Isso facilita a reação com mídia em geral, que deve ser rápida.

3) Comunique geral: sim, com base em todo o plano preventivo, as definições claras, muito claras, sobre todos os problemas e erros, você deve comunicar isso de forma também objetiva e transparente aos funcionários, de cada “andar” da organização com sua linguagem, especialmente diretores, gerentes, etc.

4) Treine, treine, treine: com tudo isso pronto (passos 1 a 3) é hora de capacitar, treinar, preparar seu time para qualquer crise que possa ocorrer. Realize oficinas de mídia, treinamentos especiais para lidar com a imprensa tradicional (rádio, tv, jornais, sites, blogs) e mídias e redes sociais. Capacitados, seus profissionais comunicam melhor, com objetividade, e municiados de informações estratégicas contidas no plano preventivo.

5) Abra o coração: sim, seja aberto à imprensa sempre, aos repórteres, colunistas, blogueiros, ativistas, com mediação de profissional de comunicação habilitado e experiente para isso. Quando acontecer a crise, e nunca esqueça disso, ela pode acontecer a qualquer um, há um caminho a seguir.

Com a mente aberta para esses passos, algumas dicas de quem já enfrentou muitas e variadas crises de imagem com seus clientes, esperamos que você e sua empresa ou organização tenham compreendido que melhor é prevenir que remediar, consertar. Sucesso!

* Escrito por Salvador Neto, consultor estratégico em comunicação, planejamento e gestão de comunicação, marketing, assessoria de imprensa, mídias sociais e conteúdo. Tem mais de 20 anos de serviços prestados em assessoria de imprensa em vários segmentos, já enfrentou crises de imagem das brabas!