Smart speakers já representam 24% da audiência em streaming de rádios de grupo dos EUA

Um novo levantamento publicado pela Westwood One colabora com a afirmação de que as “smart speakers podem se tornar o novo receptor residencial de rádio“. A Cumulus Media, que está entre os maiores grupos de rádios AM e FM nos Estados Unidos, observou que 24% da audiência via streaming parte das caixas de som com inteligência artificial (as smart speakers). Outro ponto importante é o perfil desse ouvinte: tem um considerável poder aquisitivo e nível educacional. Acompanhe:

“A posse de smart speakers aumenta e traz AM / FM de volta para casa”, escreve Pierre Bouvard em uma nova postagem no blog do Westwood One. Para se ter uma ideia dessa tendência, dispositivos como Amazon Alexa, Google Home e Apple Home Pod representavam 2% da audiência via streaming em novembro de 2017. Depois pulou para 14% no ano seguinte, indo para 19% em 2019 e, por fim, teve mais um salto em 2020, chegando a 24% da audiência on-line das rádios da Cumulus Media.

O crescimento da audiência on-line de rádio através desses dispositivos acompanha de forma proporcional o avanço de aquisição desses equipamentos por parte da população nos Estados Unidos. A propriedade de smart speakers avançou 7% em 2017 para 35% no terceiro trimestre de 2020.

A afirmação sobre as caixas de som com inteligência artificial serem o “novo receptor de rádio” parte não só do crescimento da audiência digital concentrada nesses dispositivos, mas também na queda da presença de receptores AM/FM nas residências nos Estados Unidos. Pensando nisso, desde 2017, há um esforço grande das estações de rádios para informar a população sobre a presença do meio nesses dispositivos. E o resultado tem sido positivo, como mostra a Cumulus.

Segundo reportagem veiculada pelo portal RAIN News, a Cumulus aposta nessa parcela crescente da audiência e já trabalha de forma comercial nessa frente. O grupo reservou uma campanha publicitária com The Southeast Michigan Ford Dealers Association, que funciona como uma pré-execução quando alguém instrui Alexa ou Google Assistant a tocar uma estação de rádio da Cumulus.

A primeira tela é o seu lugar, está preparado?

Salvador-Neto-Comunicacao-artigo-linkedyn-primeira-tela-smartphone-marketing-300x171 A primeira tela é o seu lugar, está preparado?Empresas e personalidades, grandes marcas, empreendedores de todos os segmentos, ainda investem milhares de reais e dólares – em alguns casos milhões – em publicidade, propaganda, exposição de marca ou conteúdo na TV, rádios, jornais, e claro, na internet em diversos sites, portais e outros.

Logicamente que a TV é um meio poderoso de comunicação da sua marca e negócio, mas você sabia que já há algum tempo, o tempo gasto em dispositivos móveis ultrapassou o tempo gasto com televisão?  Há estudos permanentes sobre a recepção das mensagens, e agora, a primeira tela é a do celular. Pelo menos é isso o que mostra um estudo da AdReaction, realizado pela Millward Brown.

Tem mais ainda! Você sabia que os brasileiros gastam em média 149 minutos no smartphone, contra 113 minutos em frente à televisão? Que os americanos dispensam 151 minutos no dispositivo móvel e 147 em frente à TV, e os chineses ficam 170 minutos nos aparelhos móveis e quase a metade do tempo na tradicional tela da TV? A pesquisa foi feita com mais de 12 mil donos de smartphones, entre 16 e 44 anos, de mais de 30 países diferentes (2014).

A pesquisa oferece outros dados importantes, como por exemplo que no Brasil, 61% das pessoas aceitam anúncios na TV, 38% aprova publicidade em conteúdo para computadores e apenas 29% dos usuários aceita publicidade para dispositivos móveis. Os índices de atenção seguem esse padrão, com 86% afirmam que prestam atenção em anúncios na TV, contra 63% nos dispositivos móveis, 53% em smartphones e 54% em tablets.

Mas o fundamental, em se tratando de boa presença digital é que os usuários em geral aceitam vídeos curtos, abrindo uma oportunidade para as empresas investirem em estratégias mobile, um meio que fica 24 horas grudado a seu usuário e já se tornou parte de sua vida. A população está conectada todos os dias, o dia inteiro, ao celular. E você, ainda está no site estático, sem interatividade com seu leitor, consumidor, cliente?

Se você e sua empresa já estão preparados com um site estratégicamente construído para rodar em meios móveis, está no caminho certo. Se ainda não colocou sua empresa neste patamar, corra porque a concorrência já está lá e não terá pena de você. Muito menos seus clientes, que já ao acordar encontram à sua frente a primeira tela, a do celular, tablets e afins.

Os profissionais de marketing digital e agências digitais tem todo o aparato tecnológico para apoiar sua presença na primeira tela. Detalhes sobre como, quanto e como você deve definir em um planejamento estratégico de comunicação que preveja essa e outras ações de acordo com seus produtos, serviços e conteúdos.

Posicione-se já, de forma pensada e planejada. Caso contrário, você pode perder espaços significativos neste mercado em constante mutação e modernidade. Conte conosco. (Com informações do Meio&Mensagem).

* Escrito por Salvador Neto, jornalista, cronista, consultor e diretor da Salvador Neto Comunicação e Marketing.

Telefonia Móvel – 42 anos depois da primeira ligação

Salvador-Neto-Comunicacao-Marketing-telefonia-movel-smarphones-midias-300x180 Telefonia Móvel - 42 anos depois da primeira ligaçãoDia 3 de abril é comemorada a primeira chamada feita com um telefone móvel, realizada há 42 anos por Martin Cooper a seu maior concorrente no setor, Joel Engel, dos Bell Labs da AT&T, de uma rua de Nova York.

“Sabe de onde estou ligando?”, disse. Cooper, que ganhou o Prêmio Príncipe de Astúrias, estava na Sexta Avenida, em Nova York, prestes a conceder uma entrevista coletiva no hotel Hilton para anunciar que tinha acabado de fazer a primeira chamada da história com um telefone móvel.

O aparelho era um protótipo da Motorola chamado DynaTac 8000X. Pesava 794 gramas, tinha 33 centímetros de altura, incluindo a antena, e 8,9 centímetros de espessura.

O trambolho demorava 10 horas para ser recarregado, tinha bateria para apenas meia hora, e seu preço equivaleria hoje a 7.200 euros (cerca de 25.000 reais). O iPhone 6 pesa 123 gramas, tem 13,81 centímetros de altura e menos de um centímetro de espessura, e custa 699 euros.

Em 1975, havia 5.000 clientes detelefonia móvel no planeta. Hoje são 3,6 bilhões de usuários com um celular o tempo todo na mão ou no bolso, a metade da população mundial, e estima-se que em 2020 o número aumente para 4,6 bilhões de assinantes, segundo as estatísticas mais recentes da GSMA, a organização mundial de operadoras de telefonia móvel.

Na verdade, há muito mais aparelhos que assinantes, porque os usuários têm vários deles. Daí que o número de cartões SIM atinja 7,1 bilhões (1,5 SIM por usuário), e quando somados os SIM que interconectam máquinas (M2M), prevê-se para 2020 o número mágico de 10 bilhões de conexões móveis.

A penetração de mercado do telefone móvel varia muito conforme a região do mundo. Na Europa, quase 80% eram assinantes móveis no final de 2014, enquanto na África subsaariana o número é de apenas 39%.

Por isso o crescimento do número global de assinantes nos próximos cinco anos se concentrará nos países em desenvolvimento, impulsionado pela melhora no acesso aos aparelhos e serviços móveis e pela rápida expansão da cobertura móvel, que serve para conectar os povoados atualmente sem conexão, especialmente nas áreas rurais, segundo o relatório A Economia do Celular 2015, feito pela GSMA.

Os telefones inteligentes (smartphones) representam agora 37% das conexões, com 2,6 bilhões de terminais, e seu crescimento não pode ser parado; serão 5,9 bilhões em 2020, 65% do total. Já são vendidos mais smartphones que tablets, computadores e televisores somados.

Já se vendem mais ‘smartphones’ que tablets, computadores e televisores juntos
A explosão do telefone móvel se deu graças à possibilidade de conexão com a Internet. A banda larga móvel representa 40% das conexões totais e aumentará para quase 70% do total em 2020 devido à tecnologia 4G, ou LTE, que permite velocidade maior.

O crescimento de telefones inteligentes habilitados para banda larga móvel está impulsionando uma explosão do tráfego de dados móveis. Segundo a Cisco, estima-se que o volume mundial de dados móveis cresça a uma taxa composta anual de 57% até 2019, chegando a 24.314 petabytes por mês na época, resultado do aumento do consumo de vídeo on demand por meio de dispositivos móveis.

O setor de telefonia móvel é um dos pilares da economia mundial. Em 2014, o setor contribuiu com três trilhões de dólares para a economia mundial, o equivalente a 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) da Terra.

Em 2020, estima-se que a contribuição do setor aumentará para 3,9 trilhões de dólares (4,2% do PIB mundial). O setor emprega diretamente 12,8 milhões de pessoas no mundo e gera mais 11,8 milhões de empregos indiretos.

Por Ramón Muñoz, do El País