Assessoria de Imprensa – Qual a melhor forma de contatar um jornalista?

SalvadorNeto-Comunicacao-assessoria-de-imprensa-jornalistas-redação-novas-tecnologias-redes-sociais-300x201 Assessoria de Imprensa - Qual a melhor forma de contatar um jornalista?Na busca por oferecer conteúdo relevante aos nossos leitores, apoiadores, clientes, fornecedores, admiradores, publicamos aqui matéria importante sobre a nova relação entre assessorias e assessores de imprensa com os jornalistas de redação, portais e outros meios de mídia. O conteúdo é do Comunique-se.

Com as novas tecnologias, que sempre se inovam, esta relação tem várias nuances, e principalmente, podem ajudar ou complicar a vida dos assessores de imprensa. Leia, comente, compartilhe:

A comunicação entre as pessoas — incluindo jornalista e assessor — está mudando, uma vez que ela se adapta às constantes inovações tecnológicas e crescimento contínuo do uso das redes sociais. Para se ter uma ideia desse boom, Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, anunciou recentemente que a rede social atingiu a marca de 2 bilhões de usuários. O fundador da empresa declarou que “nós fizemos um grande progresso conectando o mundo, e agora vamos fazer o mundo ficar mais próximo”.

Por se tratar de profissionais de comunicação, as plataformas digitais — Twitter, Whatsapp, Facebook, E-mail — são para eles importantes meios e excelentes oportunidades para divulgarem o trabalho e estabelecerem novos contatos.

Com o intuito de buscar o entendimento da relação entre jornalista e assessor no cenário atual, o Comunique-se realizou uma pesquisa com cerca de 400 jornalistas. Os números apresentados tornaram-se valiosos, pois ajudaram o assessor a entender o que se espera dele, quais são as falhas que estão havendo na comunicação entre as áreas e como o foco no meio digital alterou a forma como as relações se dão.

Resultados e entrevistas
Através dos resultados foi possível perceber que existe uma necessidade de aproximação e fortalecimento da relação com o assessor, incluindo as redes sociais como um meio para ser explorado com tal finalidade. A jornalista Joice Hasselmann, apresentadora do programa “Os Pingos nos Is”, da Jovem Pan, comentou sua preferência em ser contatada e explicou o motivo com base em sua experiência ao longo da carreira.

“Eu acho que o telefone ainda funciona bem. Eu vou te dar um exemplo. Só na minha caixa de entrada eu tenho 26.785 e-mails, o que é uma loucura porque muitas pessoas descobrem nosso contato por ser uma pessoa público, e você tem todo tipo de contato, aqueles que são fãs, os que não gostam de você ou o assessor. Eu tenho uma assessoria que me ajuda, mas mesmo assim fica difícil fazer essa triagem. Então o bom e velho telefone é muito bom. Whatsapp eu acho que é sensacional, porque está ali na hora, se você não responder a pessoa te chama de novo, se você não visualizou ela te chama de novo, pega no seu pé, então é bem útil”, comentou Joice, que em 2017 ganhou o prêmio “Troféu Influenciadores Digitais 2017″ pela Revista Negócios da Comunicação.

Assim como Joice Hasselmann, 89% dos jornalistas responderam que tendem a aceitar ou adicionar assessores no WhatsApp. Portanto, é perceptível que a construção de um relacionamento de influência não se trata de apenas qualificar segmentações e enviar releases. As assessorias podem tentar se apresentar e estreitar relacionamento de uma maneira natural.

Um estudo divulgado pela Newhouse School of Public Communications, da Universidade de Syracuse, nos Estados Unidos, detectou que 70% dos jornalistas usam as redes sociais para estabelecer um contato maior com assessores de imprensa.

Abordagem nos primeiros contatos
Quando ainda não existe uma relação entre os profissionais, os jornalistas preferem um contato menos invasivo. Por isso, a preferência, quase unânime (91%), é pelo e-mail como melhor meio de receber um release. A partir do instante em que há uma proximidade maior, 61% dos jornalistas têm melhor aceitação de follow-up, por exemplo.

Poliane de Campos Brito, assessora da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), conversou com o Comunique-se explicando a abordagem que realiza com os jornalista no decorrer do seu trabalho.

“Esse contato vai depender da relação com o jornalista. Se você já tem o jornalista no Facebook, por que não contatá-lo por lá? Se em outras ocasiões você trocou mensagens com ele por WhatsApp, também pode realizar a abordagem por lá. Assim como outras redes sociais pode funcionar bem. A maioria dos jornalistas está à vontade para receber contato por qualquer um destes canais. Mas, se não existe um relacionamento anteriormente, comece enviando um e-mail para não ser inconveniente. Conforme for pegando intimidade, aí você passa a se comunicar por telefone. Ou seja, tudo depende do grau de relacionamento”, declarou Poliane, que já atuou na gestão de crises de empresas nacionais e internacionais.

Com base nisso, ressaltamos a importância do assessor saber se o jornalista está presente nas redes antes de realizar a abordagem. Um documento comercial da Cision, fornecedora de soluções de gerenciamento de mídia, examinou como os jornalistas estão usando as mídias. O artigo, publicado no portal americano Adweek, classificou-os em cinco tipos:

  • Arquitetos: grupo composto de jornalistas que acreditam que as redes sociais tiveram um impacto positivo na indústria e aconselham a utilização.
  • Promotores: acreditam que o uso mais importante para as redes sociais é a publicação, promoção, engajamento e monitoramento.
  • Caçadores: são os profissionais que passam duas horas ou menos usando as mídias sociais para o trabalho.
  • Observadores: eles minimizam sua presença nas mídias sociais e passam a maior parte do tempo observando conteúdos de leitura social de pessoas que seguem.
  • Céticos: são os profissionais que passam pouco tempo nas redes sociais e não estão convencidos dos benefícios que elas trazem para o trabalho.

    A pesquisa da Global Social Journalism Study, conduzida em parceria com a Universidade Canterbury Christ Church, constatou que os promotores representam a maioria nos EUA. Dos entrevistados, 92% disseram que a interação com o público é importante, bem como o monitoramento de atividades em outras mídias. De acordo com o relatório, os jornalistas estão mais ativos nas mídias, com um aumento notável na atividade rotineira.

Em uma comparação com 2013, algumas mudanças não foram tão positivas. Isso porque, apesar de mais jornalistas acreditarem que seu trabalho seria mais difícil sem redes sociais, poucos profissionais concordam que elas melhoram a produtividade. Além disso, os jornalistas também estão mais preocupados com os padrões, com 54% concordando que as mídias sociais prejudicam os valores jornalísticos tradicionais.

A jornalista Débora Bergamasco, que recentemente deixou a revista IstoÉ, onde atuava como diretora de redação da sucursal de Brasília, também se preocupa com os valores. Na visão da experiente profissional, o conteúdo informado ou divulgado pelo assessor é mais importante do que o meio de contato.

“O grande diferencial não é o modo de contato, mas sim o tema. Assessor bom e que ganha nossa confiança é aquele que tem informação de qualidade e nos dê informações exclusivas. Não importa se ele me procura por redes sociais, WhatsApp ou e-mail. Se não tiver uma informação relevante, não vai servir. Eu, por exemplo, trabalho principalmente com cobertura de política, mas recebo releases de tratamento de pele, de poetas e muitos outros. Ou seja, a mensagem não vai ter o efeito, porque não está direcionada no caminho certo”, opinou Débora, que no mês de agosto passou a escrever para a Época, da Editora Globo.Tendência de comunicação do assessor pelas redes sociais

Com o crescimento cada vez maior das redes e surgimento de novos canais de comunicação, a tendência, apontada por 49% dos profissionais de comunicação, acreditam na ampliação de networking através do social. Isso acontece pois a maior parte dos jornalistas vê nas redes uma oportunidade de conhecer e se aproximar dos assessores e assessoria de imprensa (88%) e não um meio de contato frio para releases, por exemplo.

A conclusão que podemos trazer é que o assessor deve construir ou fortalecer o relacionamento com o jornalista com sabedoria. Isso inclui, primeiramente, analisar se ele está presente e utiliza as redes. Depois, demonstrar valor compartilhando conteúdos relevantes, fazendo convite para eventos, marcações e desenvolvendo conversas naturais, seja no Twitter, Facebook, LinkedIn ou qualquer outra.

Como alertou Débora Bergamasco, a questão é saber entregar ao jornalista informações relevantes que o possibilite gerar bons conteúdos. A partir daí, o relacionamento vai fortalecer, gerando uma confiança maior no trabalho do assessor.

Descubra o que é “storytelling”

Salvador-Neto-Comunicacao-o-que-e-storytelling-marketing-digital-narrrativa-300x300 Descubra o que é "storytelling"
Crie a narrativa e deixe seus clientes encantados

O consumidor navega na internet e é impactado pelos anúncios que pipocam na tela. Na TV, há comerciais antes, durante e depois de cada programa. No rádio, na rua, pelo celular ou via correio, as informações chegam a todo o momento. Nesse cenário caótico, é possível engajar o cliente de forma genuína, conquistando sua atenção? Descubra o que é storytelling e encontre a resposta.

Neste artigo, você vai descobrir como implementar essa técnica para impulsionar as campanhas de marketing e comunicação da sua empresa. Preparado? Então senta que lá vem história. Encantar e engajar os consumidores são os principais objetivos das empresas que aderem ao storytelling.

O que é storytelling
Como explica Marcília Urcini, líder de Engajamento para Marketing na Edelman Significa, a filial sul-americana da maior agência de relações públicas do mundo, o storytelling é definido como a capacidade de contar uma história.

“As pessoas fazem isso o tempo todo, e a verdade é que ele se tornou uma importante ferramenta para que as marcas possam se conectar com os seus consumidores de maneira mais eficaz”, explica.

Quando a informação se torna abundante, os consumidores ficam anestesiados : pouca coisa é impactante a ponto de comovê-los. É justamente aí que reside o diferencial do storytelling. “Contar uma história única e real é algo envolvente, que cria proximidade, simpatia, identificação e conexão”, argumenta Marcília.

A especialista aponta que a dificuldade de engajamento cria problemas para a construção da identidade da marca, e pode ser verificada em pesquisas com consumidores. “Os resultados da última edição do brandshare™ , estudo global da Edelman com foco em consumo, mostraram que as marcas não estão conseguindo criar relações mutuamente benéficas com seus públicos”, revela.

Dois terços dos participantes do estudo acreditam que os relacionamentos com as marcas são unilaterais e de valor limitado . Além disso, para 70% dos consumidores, a única razão pela qual as marcas buscam o relacionamento é aumentar o próprio lucro.

“Isso nos mostra que as pessoas querem, cada vez mais, uma troca de valor efetiva , que requer comprometimento por parte das marcas”, analisa Marcília. A conclusão é de que as empresas devem ter mensagens claras e precisam se manter abertas aos diálogos, já que, segundo ela, o consumidor deseja ser co-autor das histórias.

Um dos melhores exemplos para ilustrar essa forma de interação foi a campanha realizada pela Lego em 2012. Para encantar seus clientes e celebrar seu 80º aniversário, a empresa criou uma animação para contar a origem do brinquedo e abordar as tentativas, erros e acertos da família Christianse.

Como apostar no storytelling
Listamos, a seguir, algumas ideias para você implantar o storytelling na estratégia de marketing da sua empresa. Confira:

– Atenção aos clientes
Aprenda com as histórias dos seus clientes e utilize-as, na medida do possível, para ilustrar a sua campanha de comunicação. Se você conseguir mostrar de que forma a sua empresa impacta a vida dos consumidores , ficará mais fácil atrair novos fãs.

– Direcione o conteúdo para o público-alvo
Quem é seu público-alvo? É ele que delimitará a linguagem e abordagem das suas histórias. Ao descobrir os problemas e as necessidades das pessoas que você pretende atingir, você consegue construir uma narrativa orientada.

– Seja coerente
Os consumidores recorrem a diversas fontes de informação para formar sua opinião, por isso é preciso contar a mesma história em todas elas. “É fundamental que a marca construa uma narrativa coerente, com mensagens consistentes nos diferentes meios de comunicação (mídia tradicional, híbrida, canais sociais e proprietários)”, aponta Marcília Urcini, da Edelman Significa.

Isso é especialmente importante porque, caso contrário, sua empresa perde credibilidade . “Os riscos que envolvem uma história que não existe são os de abalar a reputação, criar distanciamento e impactar negativamente uma relação que estava sendo estabelecida de forma emocional”, esclarece Marcília.

– Assuma a iniciativa
Para finalizar, a especialista afirma que é fundamental dar o exemplo e transformar o discurso em ações . “Para manter relações vivas, a marca deve compartilhar propósitos, valores e atitudes reais. Ela precisa ser e agir antes de comunicar. As pessoas esperam relevância, afetividade e verdade nessa troca”, explica.

Com informações do Terra.